As Aventuras de Tintim (no original em francês, Les aventures de Tintin) é o título de uma série de estórias em quadrinhos riada pelo autor belga Georges Prosper Remi, mais conhecido como Hergé, em 1929.
O herói das séries é o personagem Tintin, um jovem repórter e viajante belga. Ele é auxiliado em suas aventuras desde o início por seu fiel cão Milou. Os dois apareceram pela primeira vez em 10 de janeiro de 1929 no Le Petit Vingtième, um suplemento do jornal Le Vingtième Siècle destinado ao público infantil. Mais tarde o elenco foi expandido com a adição do Capitão Haddock entre outros personagens.
Esta série de sucesso era publicada em semanários e ao término de cada estória os quadrinhos eram reunidos em livros (23 no total). Ela ganhou uma revista própria de grande tiragem, Le Journal de Tintin e foi adaptada para versões animadas para o teatro e também para o cinema. As séries são uma das estórias em quadrinhos européias mais populares do século XX, sendo traduzidas para mais de 50 línguas e tendo mais de 200 milhões de cópias vendidas.
As estórias são há muito admiradas por seus desenhos claros e expressivos com o estilo
“linha clara” (ligne claire) típico de Hergé. O autor emprega enredos bem elaborados
de gêneros variados: aventuras com elementos de fantasia, mistério, espionagem e
ficção científica. As estórias de Tintin caracterizam-
Tintin é caracterizado como um repórter. Hergé usa tal artifício para apresentar o personagem numa série de aventuras ambientadas em períodos contemporâneos àquele em que ele estava trabalhando (mais notavelmente, a insurreição bolchevique na Rússia, a Segunda Guerra Mundial e a exploração à Lua). Hergé criou também um mundo de Tintin que conseguiu reduzir a um simples detalhe, porém reconhecível e com representação realista, um efeito que ele foi capaz de alcançar com referência a um meticuloso arquivo de imagens.
Apesar de as Aventuras de Tintin serem padronizadas -
Hergé inicialmente improvisou na criação das aventuras de Tintin, exceto em como
o personagem iria escapar de qualquer situação que lhe aparecia. Somente após a conclusão
de Os Charutos do Faraó, foi incentivado a reformular e a planejar suas estórias.
O impulso veio de Zhang Chongren, um estudante chinês que, sabendo que ele iria mandar
Tintim à China na sua próxima aventura instou–o a evitar que perpetuassem a visão
que os europeus tinham da China no momento. Hergé e Zhang trabalharam juntos na série
seguinte, O Lótus Azul, que foi citado pelos críticos como a sua primeira obra-
Outras alterações à mecânica de Hergé ao criar as tiras se deram a partir de influências
por parte de acontecimentos externos. A Segunda Guerra Mundial e a invasão da Bélgica
pelos exércitos de Hitler determinaram o encerramento do jornal no qual Tintin era
publicado. Os trabalhos foram interrompidos em Tintin no País do Ouro Negro, e os
já publicados Tintin na América e A Ilha Negra foram proibidos pela censura nazista
que não concordou com sua apresentação da América e da Grã-
Após a ocupação da Bélgica pelas tropas alemãs, Hergé foi acusado de ser um colaborador do regime nazista por trabalhar em um jornal sob controle alemão. Sua obra desse período, ao contrário de seus trabalhos anteriores é politicamente neutra e resultou em histórias clássicas como O Segredo do Unicórnio, O Tesouro de Rackham o Terrível e A Estrela Misteriosa, que refletem seu sentimento durante esse período político incerto.
A escassez do papel no período pós-
A adoção de cor permitiu que expandisse o alcance das suas obras. Seu estúdio permitiu
que as imagens preenchessem meia página em alguns casos, mostrando detalhadamente
algumas cenas e usando combinações de cores para realçar pontos importantes. Hergé
cita este fato declarando que "Considero minhas estórias como se fossem filmes. Sem
narração, sem descrições, a ênfase é dada às imagens". A vida pessoal de Hergé também
afetou a série, com Tintin no Tibete sendo fortemente influenciada pelo seu colapso
nervoso. Seus pesadelos, descritos como sendo "todos em branco" convertem-
A conclusão das aventuras de Tintin ficou incompleta. Hergé morreu em 3 de março
de 1983 e deixou a 24ª aventura, Tintin e a Alph-